sexta-feira, 11 de abril de 2008

Quem sabe ainda sou uma garotinha...

Questionei-me diversas vezes sobre a verdadeira razão que me castra. Oscilei entre diversos apontamentos. Alguns deles, muitas vezes, me levaram a concluir que a minha barreira foi edificada sobre o medo de não ser levada a sério, de não ter (mais uma vez) os meus sentimentos respeitados e ainda o hábito que criei de acreditar que eu não tenho o direito de me chatear com as pessoas e de que tenho sempre que tentar entendê-las.

Vivo o conflito da busca incessante por EXIGIR que as pessoas sejam fiéis, sinceras e cordiais com os meus sentimentos e as minhas necessidades. Busco essas pessoas, possivelmente, porque acredito inconscientemente que as curando eu também conseguiria recuperar um pouco da lesão profunda que você me causou.

E apesar de todo esse medo, sei que trilho uma busca constante para curar-me de um segredo que já faz parte de mim, incrustado em minha pele, já não sei se saberei sobreviver sem ele. Tenho medo de não tê-lo mais por perto e assim ter que sair da minha casca para enfrentar o mundo, correndo o risco de ser rejeitada, avaliada, descartada e desconsiderada.

Sofri. E sofro por mexer nesse assunto, por revivê-lo sempre que conto, sofro porque esses episódios o tiraram de mim, sofro porque isso me impede de admirá-lo, mas não me impede de amá-lo, apesar de tudo. E sofro porque eu queria conseguir pelo menos me sentir digna de odiá-lo. O que eu sei, racionalmente, que não deveria.

7 comentários:

Jana disse...

Póis é menina, infelizmente a gente não ter poder sobre como as pessoas irão tratar nosso sentimentos...

Infelizmente!!

Beijos

Anônimo disse...

Sofrer faz muito parte. Muito.

Anônimo disse...

Teu eu-lirico é minha alma gêmea! Estilo espelho, se liga? ;}
Me identifiquei com tudo ;T

Anônimo disse...

É muito ruim quando a gente projeta nas pessoas aquilo que elas não são, mas que a gente gostaria que fossem.

Anônimo disse...

Pois é, e dizem por aí que o amor só vale a pena se doer...

E, sou o Leonardo do Inimigo do Inimigo, se quiser ou puder trocar o link, eu quasenão escrevo mais por lá...

Beijos :*

Samuel Moura disse...

Eu nunca te vi escrevendo poesia...
mas te digo que sempre que tens coração de poetiza!
Adorei o texto...
Se tiveres dúvida disso que eu sempre falo, basta que você releia as tuas duas últimas frases. Você é Poesia pura querida...

se entrega a poesia, minha Pequena!

;D

Mauro Espíndola disse...

O relacionamento entre os seres é mesmo uma arte! Ninguém jamais verá o mundo da forma que você vê, assim como ninguém jamais verá da forma que eu vejo. Cada ser é único e inigualavél, quando achamos alguém que nos entenda profundamente é maravilhoso. Ás vezes os opostos se atraem, outras vezes não. O amor não é sempre uma equação de física elétrica.