sábado, 13 de setembro de 2008

Dias e dias...




A inconstância era a minha constante, doesse a quem quer que fosse. Posto que normalmente me doía mais. Por muito tempo houve em mim uma ânsia de mudança, uma rebeldia contra tudo aquilo que cortava as asas dos sonhos. Preferia as coisas estranhas e curiosas.

Como eu tinha inclinação para o devaneio... Como eu era arrebatada pela paixão! Eu me rendia a tudo, mesmo que fosse pequeno e desde que fosse invencível. O impossível era muito mais interessante! Eu sabia que existia pouco frêmito carnal na legalidade do amor e vivia fugindo. Eu não sabia viver sem aquela sensação de folha ao vento.

Eu conseguia me convencer das qualidades da distância. Quão mais longe eu me encontrava de mim, mas eu achava que me compreendia. E lia, lia, escrevia, falava... Tudo e qualquer coisa que ateasse fogo na minha alma.

Talvez eu estivesse apenas ensaiando o grande amor que eu iria sentir...


“Sei quanto fel há no coração de uma romântica...” (Ana Miranda)