Por toda minha vida...

Não é incrível pensar que o homem da sua vida chegou exatamente na sua vida? Isso sem pensar no fato de que o homem da sua vida normalmente está de alguma forma ligada ao seu ciclo social. Seja trabalho, amigos, conhecidos, ou lugares frequêntados.

É magnífico pensar que estando no Brasil, o homem da sua vida esteja no Brasil ou que pelo menos ele virá ao Brasil. Quem sabe, no máximo, você irá até ele, esteja onde ele estiver, mas justamente onde ele estiver.

Ironias a parte, acho burrice entregar algo tão sério meramente ao sabor do acaso. O homem da sua vida é exatamente aquele que você escolheu pra ser.

O homem da sua vida é aquele que você decide ficar do lado, todos os dias. Uns dias mais apaixonados, outros sem paixão nenhuma. E ainda assim, juntos.

Porque amar é isso: decisão.

Todo pássaro precisa de um ninho pra repousar...

Como uma profissional da fuga, condicionei-me a fugir de todas as minhas relações possíveis. Meu ser é partido em dois. Um que foge, outro que aceita. Intercalo as fugas por períodos de reconhecimento. Mas não saio ilesa. Ou você pensa que ao vagar pelas calçadas eu não me apaixono? Por vezes resisto virar a esquina ou atravessar a rua. Parte de mim sempre quis ficar!

Perdi a conta dos meus pedaços que eu deixei pela estrada. Infinitas vezes quis voltar para recompor-me. Infinitas vezes não quis ir, para quem sabe sentir-me inteira. Infinitas vezes me arrependi de ter ido. Mas fui, eu sempre fui. Fuga vã, vaga satisfação. Mas esse era meu próprio jeito de amar e me defender. Eu sei, jeito esse meu estúpido de ser, mas era só assim que eu sabia ser.