sábado, 22 de março de 2008

Conversa pra boi dormir?

Essa noite conversando com um amigo no MSN. Estávamos falando sobre Clarice Lispector e sobre o poder que ela tem de entender as mulheres. Papo vem papo vai, o mesmo amigo me confessou que leria mais Clarice de agora em diante, na intenção de entender as mulheres. Perguntei o que era tão intrigante e...



Ramah diz:
Às vezes as mulheres me despertam curiosidade! Tipo.. Pq vocês vão ao banheiro juntas? Pq vocês falam baixinho uma com a outra? O que vocês pensam? O que vocês realmente esperam de um homem? Essas coisas...
elenita diz:
eu posso te responder uma dessas perguntas.
elenita diz:
a mais simples de todas elas... "pq as mulheres vão juntas ao banheiro"
Ramah diz:
hehehehehehehe
elenita diz:
Isso não é uma necessidade de todas as mulheres. Mas a maioria realmente acaba indo mesmo. E existem pelo menos uns três fatores que podem explicar isso. Eles podem acontecer todos ao mesmo tempo ou não. Pode ser apenas um deles.
elenita diz:
1. Algumas mulheres aproveitam pra ir ao banheiro acompanhadas pra realmente comentar sobre o que está acontecendo na mesa. Ou na roda de amigos.
elenita diz:
2. Banheiro é um local aonde toda mulher vai se avaliar, sabe? Retocar maquiagem, olhar se o cabelo está no lugar no espelho, avaliar o rímel. Enfim... Só que chegando lá existe outras mulheres que também ficam te avaliando. E uma coisa que alivia isso, essa pressão, é se vc está acompanhada. Daí a mulher ficar menos tímida até pra entrar no banheiro (muitas vezes uma selva de leoas) se estiver com alguma amiga.
elenita diz:
3. Porque algumas mulheres simplesmente o fazem por uma questão de convenção.
Ramah diz:
hehehehehhehehehe

(Acho que foi uma boa explicação, não?)

sexta-feira, 21 de março de 2008

Uma verdade

Pros dias improdutivos, prédio.
Pros calafrios, guarda-sol.
Pros livros inacabados, pintura.
Pros absurdos matemáticos, melancia.
Pros amores interrompidos, secador de cabelo.
Pros minutos de espera, sapo.
Pros países subdesenvolvidos, pet-shop.
Pros políticos, música.
Pros amigos, Madonna.




Porque nós verdadeiramente quase nunca sabemos a diferença entre o que precisamos e o que queremos.


sexta-feira, 14 de março de 2008

Não há tempo que volte, amor.

Nunca acreditei quando as pessoas dizem que deram um tempo no namoro. Não entendo o que elas querem dizer com isso. Dar um tempo no amor por quê? Pra analisar melhor algumas coisas - elas respondem. Desculpem-me, mas não há o que ser repensado. Ou você aceita os desafios de uma relação conturbada e arrisca-se ou não.

Sentimentos não esperam para acontecer. Não se pode suspender o amor, manda-lo tirar férias não remuneradas dele mesmo enquanto você contabiliza os prós e os contras da sua vida.

Acredito na efemeridade do amor e não o acho menos belo por isso. Ao contrário. Continuo considerando válido apaixonar-me, mesmo que isso termine de forma traumática. "Quem passa pelo outro sem se intoxicar dele deixou de viver".

"Amar, pra mim, é como comer manga: o prazer é diretamente proporcional à lambança e ao tempo que se demora pra tirar os fiapos. E daí se mancha? Tudo na vida tem seu preço. E algumas coisas valem cada centavo".

terça-feira, 4 de março de 2008

Abuse e use, mas ouse.

Existem pessoas que preferem ser escolhidas a escolher. Sujeitos passivos de sua existência, bonecos de um destino pré-determinado e por isso, aparentemente inevitável. Pessoas que acreditam na providência do destino e com isso excluem-se da responsabilidade que as escolhas implicam, como cantou Zeca Pagodinho em tom conformativo à vontade divina na música "Deixa a vida me levar".

Acreditamos que não sabemos escolher porque optar por algo está co-relacionado a abrir mão de todo o resto, caracterizando assim o egoísmo e a incapacidade de assumir riscos.

O filósofo Sartre afirmou sabiamente que "estamos livres para sermos qualquer coisa, exceto não livres - estando, portanto, condenados à liberdade". E baseado nisso afirmo que estão equivocados todos aqueles que tentam eximir-se da liberdade, pois esta é inerente à condição humana.

Ponderar a escolha do caminho e a velocidade dos passos é válido desde que a caminhada não seja interrompida pelo medo de cair. Talvez não pareça, mas, ficar parado também é uma escolha, e esta não te deixa necessariamente vulnerável a decisão alheia.