segunda-feira, 26 de maio de 2008

Mas sou eu quem te adora...


Eu adoro o jeito que você me olha e o pouco esforço que você faz para disfarçá-lo. Eu adoro a capacidade que você tem de melhorar os meus dias simplesmente com um "bom dia" inesperado. Eu adoro o teu cheiro. Eu adoro a freqüência com a qual você se faz presente nos meus dias, quer seja em pensamento. E adoro quando você ainda que presente consegue deixar saudades. Eu adoro como você me adora. Eu adoro as suas frases feitas e de efeito devastador em mim. Eu adoro a tua gargalhada. E adoro a tua companhia, quer seja pra ver amanhecer o dia. Eu adoro o seu jeito menino de dançar. Eu adoro quando você me surpreende com mensagens no celular. Eu adoro quando você faz coisas simplesmente porque sabe que eu vou gostar. Adoro quando você beija minha mão e me olha nos olhos. Eu adoro quando você reclama atenção. E adoro o teu ciúme. Eu adoro, principalmente, quando você fala a verdade. Adoro quando sinto que te conheço bem mais que muita gente por aí. Adoro quando você me acompanha até em casa, por questões de segurança. Eu adoro como você fica concentrado quando está no volante. E adoro os detalhes que você grava da nossa história. Eu adoro a facilidade que você tem pra se divertir com os meus defeitos. E adoro porque você me faz rir dos mesmos. Eu adoro os teus sonhos, mesmo os arredios. Eu te adoro porque você me estuda, me escuta, pacientemente e com prazer. Eu adoro porque ao teu lado eu quero ser melhor. E adoro toda ausência de não ter o que não adorar em você.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

"Uêbêr-uêbêr..."



Algumas coisas só amargam se tentamos engoli-las. E todas as vezes que não deixamos as coisas explodirem, implodimos. Essa é uma certeza que carrego comigo. O difícil é ter coragem de assumir que queremos estrangular aquela colega de trabalho que sempre tenta puxar o nosso tapete ou mesmo dá uns tapas naquele professor de mestrado que passou o ano inteiro dificultando as coisas pra você.


Da mesma forma que o ser humano foi feito para adaptar-se a mudanças, ele as teme. Qualquer mudança assusta. Só que isso não significa que elas não sejam providenciais. Não vou nem dizer boas, porque isso é difícil de enxergar durante o processo. Nunca enxergamos. As idéias só são esclarecidas quando a poeira baixa, o tempo age e o que era novo vira fonte de reavaliação dos nossos atos.


O incrível é que sempre reclamamos quando a vida cai na rotina. Buscamos por emoção. De repente nos pegamos querendo que algumas coisas não mudassem nunca.


Eu também queria que algumas coisas não mudassem. Gostaria que a minha pele continuasse a mesma dos 14, que eu chegasse aos 75 com a mesma mobilidade corporal dos 20 e que as pessoas que eu amo vivessem tanto quanto eu. Mas preciso das rugas. Preciso da rigidez nos ossos. Preciso perder as pessoas que amo. Quer pra morte, quer pro tempo, quer pra distância. Tudo isso ensina. E desconfio que essa seja uma das nossas razões de existir: aprender.


Toda experiência é satisfatória se mesmo com sofrimento te ensinar um pouco mais sobre você, sobre a vida ou sobre como ser/viver melhor.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Conto de fadas




Era uma vez uma menina chamada Isabella, subiram na cama e atiraram-na pela janela. Era uma vez uma boa chance para o meio ambiente, antes ex-seringueira, agora, ex-ministra. Era uma vez o sensacionalismo, digo, jornalismo, contando a aventura de 1 jogador + 6 testículos. Era uma vez a sabedoria cearense, que finalmente aprendeu o significado de “universidade pública”. Era uma vez um cachorro que achava que era gato e vivia querendo comer as gatinhas. Era uma vez o papel da mulher na sociedade, antes dos 40 de camisinha, depois disso, de camisola. Era uma vez o egoísmo, agora o chamam de egocentrismo. Era uma vez um menino que falava demais, um dia ele aprendeu uma coisa melhor para fazer com a boca. Era uma vez uma menina que achava que não sabia escrever...




Hoje eu tenho certeza.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Existe um fio de esperança em mim.

O celular tocou por dias um número desconhecido. Pensei em ti. Controlei o pensamento e resolvi abandoná-lo em qualquer canto que não estivesse ao meu alcance. Eram chamadas insistentemente tentadoras.


Atendi. Ouvi mais do que falei. A voz do outro lado disse; "eu te amo" e, desligou subitamente. Desligou antes que pudesse ser reconhecida. Pensei novamente em ti. Desejei que fosse você do outro lado da linha, covarde, incapaz de assumir a tua identidade, os teus sentimentos, a tua verdadeira vontade de que eu também dissesse que te amo.


Existem, sim, alguns "porém" entre nós, contudo, nenhum suficiente. Estamos aqui, mais uma vez, colocando uma vírgula onde talvez fosse necessário um ponto final, porque não conseguimos seguir qualquer caminho em que o outro não esteja ao lado.


(Zizi Possi - meu erro)

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Mergulho - a saga.

Por vezes questionei a forma como eu mergulho na vida. Sou de saltos discretos, porém, audaciosos, se considerar-mos a profundidade que eles me fazem atingir.

A princípio, o impulso inicial do salto é suficiente para me levar cada vez mais longe da superfície. Logo em seguida ele é substituído pela força do meu corpo, movida à vontade de explorar todo aquele ambiente novo, lindo e proporcionalmente perigoso.

Após meses (ou dias) driblando correntezas, cortes nos corais, suportando a pressão da água e ainda respirando com dificuldade, meu corpo começa a apresentar sinais de exaustão. Tudo que anseio é terra firme, superfície, mas me faltam forças para emergir.

Apesar da necessidade mental e física de sair logo daquele lugar, preciso subir com calma, preciso reacostumar meu corpo a pressão que vai diminuindo, preciso respeitar a limitação da minha mobilidade por conta dos ferimentos.

Preciso, mas não obedeço. O desespero é similar à sensação de afogamento e tudo que eu consigo pensar: sair daquele lugar - doa o quanto doer.