quarta-feira, 7 de maio de 2008

Mergulho - a saga.

Por vezes questionei a forma como eu mergulho na vida. Sou de saltos discretos, porém, audaciosos, se considerar-mos a profundidade que eles me fazem atingir.

A princípio, o impulso inicial do salto é suficiente para me levar cada vez mais longe da superfície. Logo em seguida ele é substituído pela força do meu corpo, movida à vontade de explorar todo aquele ambiente novo, lindo e proporcionalmente perigoso.

Após meses (ou dias) driblando correntezas, cortes nos corais, suportando a pressão da água e ainda respirando com dificuldade, meu corpo começa a apresentar sinais de exaustão. Tudo que anseio é terra firme, superfície, mas me faltam forças para emergir.

Apesar da necessidade mental e física de sair logo daquele lugar, preciso subir com calma, preciso reacostumar meu corpo a pressão que vai diminuindo, preciso respeitar a limitação da minha mobilidade por conta dos ferimentos.

Preciso, mas não obedeço. O desespero é similar à sensação de afogamento e tudo que eu consigo pensar: sair daquele lugar - doa o quanto doer.

2 comentários:

Anônimo disse...

Pelo menos você rompe uma barreira importante: o medo.

Anônimo disse...

Dor. Não é um bom momento pra dor.