sexta-feira, 27 de junho de 2008
É você.
Postado por Elenita de Castro às 02:50 7 comentários
quinta-feira, 19 de junho de 2008
Olho por olho...
- A mando de Deus estou amando você, Amanda. - disse Amado José, morador da favela "Pertinho do Céu", armado até os dentes.
Ela só conseguiu suspirar.
- Seja minha amante.
Ela deu que "não" com a cabeça. Ele atirou.
- Tem gente que nasceu pra amar a dor. Eu, como não sou amador, mato pra não morrer de amor.
Postado por Elenita de Castro às 10:39 10 comentários
sexta-feira, 6 de junho de 2008
Felicidade clandestina
A felicidade muitas vezes se projeta de forma clandestina em nossas vidas, como se o fator "escondido" reafirmasse a magia dos momentos. E não seria mesmo isso? Não seria essa a graça inerente ao mistério de ser clandestinamente feliz? Como quem acaba de roubar da vida esse direito e precisa guardá-lo a sete chaves, como um tesouro valioso. Aliás, o é. O que há de mais valioso do que ser feliz e fazer alguém feliz? Tenho descoberto esses dias que é possível mergulhar na felicidade sem ficar com coletes salva-vidas. Sim, porque eles te mantêm na superfície, mesmo que isso te garanta um pouco de segurança. Mas... Que graça? Grande coisa essa história de estar seguro. Sempre que arrisquei foi quando tive os melhores momentos da minha vida. E assim tem sido. Tenho experimentado um passo de cada vez, sem, necessariamente, ter que manter um pé atrás. Estou me lançando. Estou mergulhando. Estou caminhando. E todo esse movimento me deixa mais viva. Felicidade é isso? Saborear a inquietude e valorizar a plenitude de um permanecer? Desconfio.
Postado por Elenita de Castro às 11:12 10 comentários
quarta-feira, 4 de junho de 2008
Uma chamada não atendida
O telefone continuou tocando, como se assim ele fosse conseguir que o meu coração batesse mais forte do que já estava batendo. Ele tocou insistentemente e eu confesso que fiquei tentada a competir quem era mais teimoso, se ele ao continuar tocando, ou eu, a continuar "não atendendo". Como era sexta decidi arriscar, atendi.
- Alô?
* Olá, bom dia. Desculpe a intromissão, mas com quem eu falo?
- Gostaria de falar com quem? (Faltou delicadeza)
* Meu nome é Henrique e eu faço parte de um centro de pesquisas (...).
- Sei...
* Você já pode se apresentar?
- Isso é realmente muito importante?
* Eu recolho dados e necessito de o máximo possível de veracidade.
- Elenita.
* Perdão?
- É / éle / é / ene / í / tê / á.
* Mais devagar, por favor...
- Não meu amigo, você tá de brincadeira, fala sério.
* Perdão.
- É a segunda vez que o senhor me pede perdão. É / éle / é / ene / í / tê / á.
* Obrigada, Sra. Elenita. Muito bonito seu nome.
(Principalmente quando eu tenho que soletrar duas vezes pros incapacitados mentais)
- Obrigada.
* Foi um prazer falar com a Sra. ou devo chamar de Srta? rs
- Não sou casada.
* Anh?
- Srta.
* Me chamo Henrique.
- Eu não esqueci.
* Acordei você?
- Não, não... Mas que pesquisa mesmo você está fazendo, hein?
* É sobre sexo seguro. A sra. já teve alguma relação sexual?
- Tu tá de brinca, né?
* Tou de o quê?
Tum... Tum... Tum...
Depois reclamam porque eu nunca atendo o telefone.
Postado por Elenita de Castro às 11:13 9 comentários
terça-feira, 3 de junho de 2008
Questão de justiça
Postado por Elenita de Castro às 19:28 2 comentários